terça-feira, junho 24

Deixar o governo trabalhar


O partido social-democrata e o partido socialista deixaram de ter uma matriz ideológica.
O partido socialista, após chegado ao governo, foi forçado a colocar o socialismo na gaveta e a começar a pôr em prática aquelas a que, ardilosamente, os seus adversários chamam de políticas de direita e que não são mais do que as políticas possíveis e inevitáveis no actual contexto internacional.
Após ter a nossa economia rapidamente atingido o ground zero de todas as estatísticas possíveis e imaginárias, apontando para um crescimento tendencialmente regressivo, motivado pelas políticas sociais aplicadas sob a égide de uma filosofia de governação traduzida no Estado providencial, o governo chegou à conclusão que a economia começava a atingir o ponto da asfixia e que, com uma sobrecarga fiscal digna de um país do terceiro mundo, nomeadamente no que diz respeito ao Imposto sobre o Valor Acrescentado - em que no período de duas curtas legislaturas passou de 17 para 21 % - não seria possível recorrer a novas práticas de aumento dos impostos, perfeitamente incomportáveis do ponto de vista do contribuinte.
Houve que reduzir o défice público através da racionalização das despesas do Estado, sobretudo através da optimização do sistema de gestão dos sectores da saúde, da educação e da Segurança Social. Este governo socialista tem desenvolvido um trabalho louvável em várias frentes, passando por cima dos interesses dos poderes instalados, pequenos e grandes, que se tinham vindo a habituar a “dar as cartas”, através do tráfico de influência e/ou manipulação, exercidos sobre os governantes. Todos os dias somos confrontados sobre a veracidade destes factos, através dos meios de comunicação social que nos vão revelando os vícios que se instalaram junto de alguma classe política e instituições, no que diz respeito à utilização dos cargos públicos para proveito próprio, incluindo o dos próprios partidos.
O PSD passou do neo-liberalismo populista para uma social-democracia em que o Estado volta a assumir um papel intervencionista na economia, passando à já por nós bem conhecida programação pesada de um projecto político de governação alicerçado na contenção do investimento público – absolutamente necessário ao desenvolvimento futuro do país como ponto de partida para uma economia mais madura, menos dependente –, em nome de novos planos de ajuda aos designados "novos pobres", e consequentemente, na manutenção da sobrecarga fiscal que nos atrofia enquanto cidadãos livres, condicionando os nossos movimentos, a faculdade da nossa iniciativa privada, no que aos projectos empresariais diz respeito.
Com esta programação pesada objectivamente destinada a servir os pequenos, grandes interesses do poder corporativo no nosso país, a social-democracia de Ferreira Leite não passa de um "cavaquismo" reeditado, fora de moda ou de contexto, cheirando a naftalina, apesar do seu já elevado estado de deterioração motivado pela acção da traça.
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segunda-feira, junho 23

A curva ascendente da trajectória política de Passos Coelho



A intervenção de Passos Coelho no Congresso do PSD foi brilhante, porquanto clara, assertiva e desafiadora, levando a sua “adversária” política a revelar-nos um pouco mais daquilo que os cidadãos portugueses gostariam de saber sobre o seu projecto político para as próximas legislativas.
Tocou num ponto fulcral que define claramente a sua estratégia política em relação ao futuro do país e, consequentemente, dos portugueses, traduzida numa prática involutiva de desaceleração da economia através do reforço das políticas sociais, necessariamente pela via da incrementação da política da subsidiação por parte do Estado, necessariamente pela via do aumento da carga fiscal a ser suportado pelos contribuintes.
Passos Coelho falou à razão através do coração, de improviso, sem receio de se deixar “apanhar” na encruzilhada das entrelinhas deixadas em aberto pelas linhas que, de uma forma muito transparente, orientaram o seu discurso. Mostrou ser o único militante do PSD capaz de protagonizar a mudança, através de um projecto próprio, cujos fundamentos assentam numa linha programática renovada e renovadora , em consonância com as directivas comunitárias que se farão aplicar com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, o qual encontrou tão veemente oposição por parte de alguns dos apoiantes da actual líder do PSD.
A trajectória política em curva ascendente de Passos Coelho foi hoje confirmada pelos delegados ao Congresso que não só confirmaram o resultado obtido nas eleições directas, como o beneficiaram, através da eleição de 16 representantes da sua lista para o Conselho Nacional do partido, contra os 20 membros eleitos pela lista de Ferreira Leite.
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quinta-feira, junho 19

Sound bites



Gostei particularmente desta frase, escrita por um militante social-democrata, que ainda há bem pouco tempo apoiou oficialmente a candidatura de Pedro Passos Coelho à liderança do PSD, através de um blogue criado para o efeito, “O Futuro é Agora”.

«Não consigo imaginar nenhum estado de necessidade patriótica que me levasse a concordar com um
Bloco Central em que o PSD não fosse o partido liderante.»

Esta declaração refere-se a uma notícia do Público, em que Marcelo Rebelo de Sousa lança uns soundbytes sobre uma eventual coligação do PS com o PSD para as próximas eleições, baseado numa afirmação de Manuela Ferreira Leite em que esta "admite que a situação do país poderia impor acordos de regime" entre social-democratas e socialistas, naturalmente. Aliás, esta opinião não é inédita; sempre foi a visão partilhada por Cavaco Silva, sobretudo na época conturbada do partido, então presidido por Marques Mendes e que só muito a custo aceitou participar nas conversações que levaram à assinatura do Pacto para a Justiça, mais tarde denunciado pela liderança que lhe sucedeu. Aliás, chego até a pensar que Marques Mendes foi medalhado no 10 de Junho, talvez mais por demérito do que propriamente pelos serviços que prestou ao país. As condecorações do 10 de Junho abriram, assim, novo precedente: a condecoração a título de prémio de consolação.
Mas, ainda voltando à declaração feita por
Vasco Campilho, pergunto-me e não consigo chegar a uma conclusão: porque é que este ilustre militante do PSD – e como este muitos outros - acha que o seu partido deveria liderar uma eventual coligação entre o PS e o PSD, num Bloco Central (de interesses) revisitado, quando o futuro do sentido de voto aponta claramente para uma nova maioria do partido socialista ou perto disso.
Não há dúvida que os estrategas do PSD tudo têm feito para limpar a imagem do partido dos recentes fracassos, que tiveram início com o abandono de Durão Barroso e, posteriormente, com a recondução de Santana Lopes na liderança do partido, em quem foi depositada toda a confiança para de novo se recandidatar ao lugar de primeiro-ministro.
Esta questão, e muitas outras da mesma natureza, daria matéria para uma tese de um qualquer doutorando em ciência política ou simplesmente versada sobre o estudo do comportamento humano à luz da psicologia e da sociologia dos costumes.

terça-feira, junho 17

A arte da guerra na versão social-democrata


“Não se deve esperar que as mulheres só pensem na política 24 horas por dia. São mais capazes de acumular tarefas e ocupações do que os homens”.
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Esta é uma frase de Manuela Ferreira Leite dita numa entrevista ao “Diário Económico” de hoje, e que ilustra bem a sua disponibilidade em relação ao partido e ao país. As actuais Ministras da Educação e da Saúde é que hão-de ficar estupefactas perante estas afirmações vindas de uma profissional da política que aspira a vir ocupar o cargo de Primeira-Ministra, dentro de muito pouco tempo. Ou não será assim?
No passado domingo, Marcelo Rebelo de Sousa, na sua habitual crónica semanal no canal público de televisão, ousou levantar o véu do mistério que envolveu a ausência de posição do maior partido da oposição perante os recentes incidentes que tanto afectaram o país sobretudo no sector da grande distribuição, provocados pelo pequeno patronato que, ao que consta, goza de um grande apoio lá para os lados da Rua de São Caetano à Lapa; os novos pobres oriundos da classe média. Alguma massa cinzenta haveria de estar por detrás da sublevação destes pequenos empresários em que o “toque de clarinete” era recebido através do recurso às novas tecnologias…
Marcelo Rebelo de Sousa revelou-nos a táctica social-democrata para os próximos tempos. Falar o menos possível sobre os assuntos que afectam a nação, "deixar o governo estender-se ao comprido" (surpreendente esta alusão feita em horário nobre de uma estação pública de televisão), sobretudo fechar a sete chaves as ideias brilhantes que o PSD tem já na forja para a próxima temporada governativa - pós-período eleitoral legislativo -, não revelando em caso algum, o seu projecto, sobretudo aos portugueses. É com base na credibilidade da pessoa política de Manuel Ferreira Leite que os eleitores vão ter que votar. Por outro lado, é também evidente que não interessa ao partido ganhar as próximas eleições.
Os militantes que tinham sido afastados por Luís Filipe Menezes, no anterior acto eleitoral interno, estão de novo a postos para ocupar os lugares de topo no partido. É preciso deixar que José Sócrates faça o "trabalho sujo", e em 2009, ele ainda não estará concluído, bastando, para tanto, retirar-lhe a maioria absoluta que corresponderá ao trabalho preparatório que abrirá caminho à entrada pujante das mentes brilhantes social-democratas em 2013.
Em resumo, é preciso deixar que José Sócrates coma livremente os ossos, para seguidamente se banquetearem com a carne; a carne que será deixada como resultado de uma gestão séria, cumpridora de objectivos, no contexto de um novo ciclo político internacional que se abrirá e que se prevê próspero e politicamente estável.
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domingo, junho 15

A pretentious irish David is intended to smash down the european Goliath



Os eleitores irlandeses votaram Não pela terceira vez na Europa em três anos a um Tratado destinado a dotar a União Europeia dos mecanismos de que necessita para beneficiar de uma maior autoridade que lhe permita deter maior poder de influência no contexto da nova ordem da geopolítica mundial.
Um número inferior a um milhão de votantes poderá, assim, vir a afectar o curso das vidas de perto de 500 milhões de europeus, pertencentes aos 27 Estados-membros que agora fazem parte desta combinação tão diversificadamente endógena quanto aos factores culturais, sócio-económicos e políticos. Não faz sentido nem existe qualquer justificação plausível que leve um país isolado a evocar razões de ordem constitucional para referendar isoladamente um Tratado cujo articulado tem vindo a ser contestado pelos mais diversos grupos sociais e políticos em toda a Europa e que viram as suas posições subliminarmente transvertidas em ratificações por via parlamentar.
As razões de fundo são bem diferentes em cada Estado-membro e não estão em consonância com as evocadas pelos irlandeses, quer pela via oficial, quer pela oficiosa.
Oficialmente, o irlandês comum diz duvidar das reais capacidades do establishment político pró-europeu sediado em Bruxelas, cuja influência tem vindo a crescer, sobretudo no plano económico, pretendendo trazer à discussão a visão da União Europeia que deu origem à formação do primeiro bloco de Estados que conduziu ao forte crescimento económico do seu país. Por seu turno, os políticos e os empresários, partidários do Sim, reconhecem a contribuição dada pela União Europeia, que ajudou a transformar a Irlanda, cuja economia dependia essencialmente da agricultura, num país próspero, fortemente industrializado, com relevância para o sector da alta tecnologia.
Mas, aquilo a que os irlandeses oficialmente chamam de governance anti-democrática emanada dos gabinetes dos burocratas de Bruxelas, não é mais do que, do ponto de vista oficioso, o receio de virem a perder a sua tradicional neutralidade e influência no que diz respeito à eventual uniformização da política económica, que no caso da Irlanda a forçaria a eliminar os elevados incentivos que foram dados ao investimento estrangeiro, por via da redução dos impostos às empresas, o que fez com que os capitais estrangeiros rumassem, em grande número, em direcção àquele país, tendo, assim, contribuído para o crescimento exponencial da sua economia.
Mas, infelizmente este não é o cenário da maior parte dos países que compõem a União Europeia, Portugal incluído, e numa atitude de puro altruísmo e de nenhum egoísmo, os seus povos compreenderam a gravidade da situação, depois de decorridos vários anos de políticas inócuas, e contemporizaram com os seus governantes, neles depositando os destinos dos seus países, porque também eles querem crescer economicamente, proporcionando um futuro melhor para as gerações futuras.
Todos nós, pró-europeístas, os que acreditam no projecto europeu, contamos com o establishment de Bruxelas para rapidamente encontrar uma saída para este momentum na história da União, em parte resultante da incompetência dos políticos irlandeses pela sua incapacidade mobilizadora junto das populações que se deixaram levar pelas vontades eurocépticas de grupos que ainda não se aperceberam do perigo que constitui, no contexto geopolítico internacional, uma Europa desunida e sem rumo.
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quinta-feira, junho 12

La mala educación


Hoje fui insultada através da caixa de comentários de um blogue, o Portugal Contemporâneo. Fui eu e a minha progenitora que já se finou, e que, da forma como se finou, não ficou a dever nada à sociedade.
Não é a primeira vez que sou insultada por comentadores daquele blogue, sem que os seus autores, refiro-me aos fundadores, nada tenham feito para evitar essa situação, à semelhança do que acontece com outros blogers, que diariamente fazem a gestão das suas caixas de comentários (através da pura e simples anulação ou da reprimenda que é a medida de coacção, a meu ver, mais didáctica, e a que permite o claro posicionamento dos autores do blogue em relação ao comentário injurioso), de modo a evitar insultos e abusos de linguagem traduzidos em autênticos fluxos diarreícos verbalizados por pessoas sem escrúpulos, enfim, aquilo a que poderíamos chamar os verdadeiros escroques da nossa sociedade.
Mas o Portugal Contemporâneo é um blogue liberal. E ao que parece as práticas liberais tudo permitem; a liberdade individual está acima de qualquer coisa; não sei bem se os liberais se regem por valores, sobretudo os éticos, e/ou se existe uma matriz que “regulamente” esses valores: provavelmente não. A liberdade individual é omnisciente, cada qual defende os valores que muito bem entende.
Pelo conhecimento que já adquiri, a blogosfera portuguesa, sobretudo a que reúne as chamadas “pessoas de posição”, que detêm cargos de responsabilidade na nossa sociedade a vários níveis, e salvo raras excepções, que se podem contar pelos dedos das mãos, transformou-se no ponto de encontro virtual de pessoas com patologias várias que encontram na utilização livre do verbo o escape para os seus dias mais “stressantes”, para os seus infortúnios, para as pressões de vária ordem a que estão sujeitos no seu dia-a-dia, desde o desamor à falta de dinheiro, as ambições impossíveis de concretizar, atendendo às várias conjunturas, à incapacidade de coordenar, expor e fazer prevalecer as suas ideias, transformando-os na nata da blogosfera, capaz de os colocar na ribalta do circulo mediático.
Não fosse o envolvimento da senhora minha mãe e este post nunca seria publicado, porque, embora não parecendo, sou uma pessoa bastante tolerante. Mas, também pretendo com isto solidarizar-me com o Sr. Primeiro-ministro, relativamente a uma queixa apresentada por injúrias à sua pessoa por um autor de blogue. Apesar de, na altura, não ter compreendido a sua atitude, e tendo manifestado esse facto numa qualquer caixa de comentários, hoje a minha posição em relação a esse incidente alterou-se, porque senti na pele os mesmos efeitos. E só espero é que o bloger visado venha a ser sentenciado de modo a servir de exemplo a todos os utilizadores deste espaço virtual, pelo menos até que, oficialmente, seja encontrada uma saída que regulamente e sancione as ofensas, a partir dos abusos de linguagem, produzidas em relação a terceiras pessoas.
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Adenda 1: Afinal ao que consta o processo que aqui menciono objecto da queixa apresentada por José Sócrates foi arquivado ainda em fase de inquérito, não tendo este recorrido da decisão do Ministério Público, e, do mesmo modo, não tendo deduzido acusação particular, ainda na fase processual do inquérito, conforme lhe competia enquanto queixoso. Agora chego à conclusão de que fez mal, Sr. Primeiro-ministro, fez muito mal.
Recolhi esta informação ainda na mesma caixa de comentários do blogue Portugal Contemporâneo, cuja fonte me parece ser fidedigna, dado tratar-se da esposa de Pedro Arroja, um dos autores do referido blogue, merecendo-me, portanto, o mesmo crédito que este destacado catedrático, uma figura ímpar e altamente respeitada pela generalidade dos blogers portugueses de referência.
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Adenda 2: Venho apresentar as minhas desculpas pessoais e públicas ao Pedro Arroja, autor do blogue a que acima me refiro, pelo segundo lapso que, pelos vistos, acabei por cometer ao afirmar que a fonte da qual obtive a informação por mim veiculada em anterior Adenda, seria sua esposa. Longe de mim pretender provocar qualquer tipo de constrangimento. Francamente não sei o que me levou a pensar desse modo; estava plenamente convencida de que assim era. Fica aqui feito o desagravo, aproveitando para renovar o meu pedido de desculpas àquele ilustre bloger.


terça-feira, junho 10

O Estado democrático dos interesses corporativos


Perante a presente escalada de protestos ao nível de sectores laborais tão importantes como sejam o dos transportes e o das pescas, penso que o Sr. Primeiro-ministro não terá outra solução senão provocar a dissolução da Assembleia através da demissão do presente executivo.
A greve dos transportadores é uma greve eminentemente política.
A própria Antram não foi favorável à sua realização. Os motoristas das empresas de transportes foram forçados a aderir, apesar de não estarem a ser directamente afectados pelo aumento do custo dos combustíveis; os seus vencimentos estão a ser pagos atempadamente, segundo afirmações feitas, e não desmentidas, pelos seus empregadores, através da comunicação social.
Nesta fase em que o governo tudo tem feito para reduzir o peso do Estado na economia, afectando essa redução ao corte das despesas por ordem de prioridade, é exigido, por parte das associações dos trabalhadores independentes, que se retome a política da subsidiação, através do nivelamento do custo do gasóleo com o praticado em Espanha e do não pagamento de portagens. Só que, e por mais ignorantes que sejam os "mandantes" dessas associações, a economia espanhola já há muito que apresenta superavit e a portuguesa começou agora a respirar, por força da lufada de ar fresco que se traduziu na formação do governo liderado pelo actual Primeiro-ministro.
Por isso, eu penso que os portugueses têm que, de uma vez por todas, decidir nas urnas qual a solução governativa que pretendem para o futuro de Portugal; aquela que eles acham capaz de ir ao encontro de todas as suas reivindicações e, simultaneamente, contribuir para o desenvolvimento económico e social do seu país, no contexto pró-europeísta do termo. Se pretendem um governo maioritariamente comunista, bloquista, socialista, chefiado pelo poeta Manuel Alegre e alimentado pelas hostes pró-soaristas, ou a terceira via que saiu vencedora das recentes eleições social-democratas, representada pela ex-Ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite.
É que os portugueses e a classe política, em particular a que acabou de subscrever as moções de censura a este governo, têm que, de uma vez por todas, deixar de ser cínicos e assumir as suas posições políticas com responsabilidade.
Por outro lado, José Sócrates tem o direito de ver relegitimada, através do voto, a confiança que os portugueses nele depositaram - e continuam a depositar, conforme ditam as sondagens –, para que a sua auto-determinação e convicção nos resultados obtidos pelas suas políticas, não venham a ser afectadas, deitando a perder todo o esforço até aqui desenvolvido, recorrendo à força se preciso for, através da participação dos operacionais militares, não só no sentido de assegurar a ordem pública, mas também no de garantir o bom funcionamento das instituições que presidem à manutenção do nosso Estado de direito.
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domingo, junho 8

O Eixo do Mal



Melhor seria que a Clara Ferreira Alves seguisse o exemplo da Marina Abramovic... Com a escassez de diaristas que, neste momento, existe no mercado, o seu futuro profissional seria bem mais risonho e muito menos trabalhoso na tentativa explícita de andar a "fazer-se ao tacho".
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