segunda-feira, junho 23

A curva ascendente da trajectória política de Passos Coelho



A intervenção de Passos Coelho no Congresso do PSD foi brilhante, porquanto clara, assertiva e desafiadora, levando a sua “adversária” política a revelar-nos um pouco mais daquilo que os cidadãos portugueses gostariam de saber sobre o seu projecto político para as próximas legislativas.
Tocou num ponto fulcral que define claramente a sua estratégia política em relação ao futuro do país e, consequentemente, dos portugueses, traduzida numa prática involutiva de desaceleração da economia através do reforço das políticas sociais, necessariamente pela via da incrementação da política da subsidiação por parte do Estado, necessariamente pela via do aumento da carga fiscal a ser suportado pelos contribuintes.
Passos Coelho falou à razão através do coração, de improviso, sem receio de se deixar “apanhar” na encruzilhada das entrelinhas deixadas em aberto pelas linhas que, de uma forma muito transparente, orientaram o seu discurso. Mostrou ser o único militante do PSD capaz de protagonizar a mudança, através de um projecto próprio, cujos fundamentos assentam numa linha programática renovada e renovadora , em consonância com as directivas comunitárias que se farão aplicar com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, o qual encontrou tão veemente oposição por parte de alguns dos apoiantes da actual líder do PSD.
A trajectória política em curva ascendente de Passos Coelho foi hoje confirmada pelos delegados ao Congresso que não só confirmaram o resultado obtido nas eleições directas, como o beneficiaram, através da eleição de 16 representantes da sua lista para o Conselho Nacional do partido, contra os 20 membros eleitos pela lista de Ferreira Leite.
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