domingo, junho 10

A morte anunciada do protocolo de Kyoto


Da cimeira do G8, sobre o tema do sobreaquecimento global, pode-se concluir que o protocolo de Kyoto deixa de fazer sentido, ao ser substituído por um propósito abraçado por G.W. Bush, em contornar as Nações Unidas realizando uma série de reuniões multilaterais com os principais países poluidores – Estados-Unidos, Canada, China, Índia, Japão – no sentido de chegarem a um acordo para a redução das emissões de CO2, baseando-se mais em soluções que envolvam a “performance” do ponto de vista tecnológico com vista a uma maior eficácia energética, do que, propriamente dito, em limitar a emissão dos gases poluentes. “The Asian-Pacific Partnership on Clean Development and Climate” é o nome institucional que será dado a esse novo processo de abordagem deste problema, sob a égide dos E.U.A.
G.W.Bush dá assim a volta por cima à tentativa de Ângela Merkel de isolar os Estados-Unidos, constituindo este facto um verdadeiro revés diplomático para a chanceler alemã.
Por outro lado, os Estados-Unidos nunca assinariam um acordo que não vinculasse também a China, um dos maiores países poluidores, em breve senão mesmo o maior, e a China, por seu lado, não assinará qualquer acordo de compromisso que indirectamente implique uma desaceleração do seu crescimento económico.

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