Houve bom senso no círculo de accionistas de referência do grupo financeiro Millennium BCP.
Uma fusão «amigável» entre o BCP e o BPI, envolvendo uma mera operação de troca de acções só poderia beneficiar este último grupo que, de outra forma, estaria a dar um passo maior que a perna, se, eventualmente, pensasse em lançar uma OPA hostil sobre o BCP, atendendo à sua dimensão e ao esforço financeiro que seria necessário fazer por parte dos seus accionistas.
Do lado do BCP, a cada dia Jardim Gonçalves perde terreno, a sua influência sobre a massa accionista perde poder e o melhor seria mesmo resignar ao cargo que ocupa, a bem da instituição, a bem dos accionistas, mas, sobretudo, a bem do mercado financeiro português.
A intenção do BPI era ficar numa posição de liderança no mercado interno, permitindo-lhe o crescimento e a consolidação da sua posição na economia emergente de Angola, ao mesmo tempo abrindo as portas à alta finança espanhola, como tem acontecido até aqui em praticamente todos os negócios de vulto que Portugal se propõe empreender além fronteiras. O nosso capital de influência no continente africano sempre foi e continua a ser grande, e nós só não tiramos mais proveito desse facto, porque não sabemos e temos medo de arriscar, precisando sempre de recorrer à figura tutelar do pai.
Desta vez, as altas instâncias financeiras angolanas que gozam da protecção do poder central, deram uma lição aos nossos financeiros, ao exigir parcerias e condições mais competitivas na concessão dos créditos às empresas, tendo mesmo chegado a vias de facto, através da retirada de capitais do BPI, por parte dos maiores grupos empresariais, de entre eles a petrolífera Sonangol.
Assim, e como um dos objectivos traçados para aquele que viria a designar-se de «Millennium BPI», com vista à sua afirmação nas praças financeiras europeias, passaria pela via expansionista, especificamente no mercado angolano, o acordo não podia senão resultar em malogro.
Angola fechou a porta ao BPI, mas abriu uma janela ao BCP, nos parâmetros da estratégia de alargamento então delineada por PauloTeixeira Pinto.
Uma fusão «amigável» entre o BCP e o BPI, envolvendo uma mera operação de troca de acções só poderia beneficiar este último grupo que, de outra forma, estaria a dar um passo maior que a perna, se, eventualmente, pensasse em lançar uma OPA hostil sobre o BCP, atendendo à sua dimensão e ao esforço financeiro que seria necessário fazer por parte dos seus accionistas.
Do lado do BCP, a cada dia Jardim Gonçalves perde terreno, a sua influência sobre a massa accionista perde poder e o melhor seria mesmo resignar ao cargo que ocupa, a bem da instituição, a bem dos accionistas, mas, sobretudo, a bem do mercado financeiro português.
A intenção do BPI era ficar numa posição de liderança no mercado interno, permitindo-lhe o crescimento e a consolidação da sua posição na economia emergente de Angola, ao mesmo tempo abrindo as portas à alta finança espanhola, como tem acontecido até aqui em praticamente todos os negócios de vulto que Portugal se propõe empreender além fronteiras. O nosso capital de influência no continente africano sempre foi e continua a ser grande, e nós só não tiramos mais proveito desse facto, porque não sabemos e temos medo de arriscar, precisando sempre de recorrer à figura tutelar do pai.
Desta vez, as altas instâncias financeiras angolanas que gozam da protecção do poder central, deram uma lição aos nossos financeiros, ao exigir parcerias e condições mais competitivas na concessão dos créditos às empresas, tendo mesmo chegado a vias de facto, através da retirada de capitais do BPI, por parte dos maiores grupos empresariais, de entre eles a petrolífera Sonangol.
Assim, e como um dos objectivos traçados para aquele que viria a designar-se de «Millennium BPI», com vista à sua afirmação nas praças financeiras europeias, passaria pela via expansionista, especificamente no mercado angolano, o acordo não podia senão resultar em malogro.
Angola fechou a porta ao BPI, mas abriu uma janela ao BCP, nos parâmetros da estratégia de alargamento então delineada por PauloTeixeira Pinto.
O futuro do crescimento do sector financeiro já não poderá contar com os mercados americanos ou europeus que deixaram de ser atractivos, dada a profusão de entidades bancárias numa economia cujos índices de crescimento têm sido pouco significativos, em parte motivados pelas políticas económicas com forte componente social. O futuro deste sector assenta, portanto, na confiança que se depositar nas economias emergentes da China, da Rússia e de Angola, ao serem estabelecidas parcerias financeiras que, por sua vez, irão potenciar as políticas de investimento necessárias ao crescimento económico.