A imprensa em bloco solidarizou-se com José Rodrigues dos Santos, naquela que é, a meu ver, uma operação de instrumentalização da opinião pública; o aproveitamento de um tempo político favorável às críticas ao governo e à tão necessária política de reformas que este tem vindo a empreender.
Para mim, é da maior clarividência que José Rodrigues dos Santos, actualmente acumulando com o cargo que exerce na RTP, a actividade de escritor, tenha pensado em abandonar a sua carreira profissional para se dedicar inteiramente à escrita, ou, em alternativa, esteja o seu know-how no campo dos media a ser “cobiçado” por alguma outra entidade do universo da comunicação social.
Convenhamos, que uma estação de televisão pública paga com o dinheiro dos contribuintes, a pesar directamente no orçamento geral do Estado, não tenha que ser sujeita a um alinhamento dos seus conteúdos editoriais numa tentativa de amortecer os efeitos práticos das políticas governamentais mais impopulares, é, no mínimo, pura ingenuidade. Qualquer governo, nascido do espectro politico-partidário existente em Portugal, utilizar-se-ia dessa prerrogativa. Por outro lado, ninguém é obrigado a assistir a um canal televisivo “formatado”, só a ele assitindo quem quer.
Conforme existem trabalhadores abusados pelas respectivas entidades patronais nos seus mais legítimos direitos, o inverso também se aplica, que é o que está a fazer José Rodrigues dos Santos, em relação à administração da RTP. Para além do principesco salário que aufere acrescido de um conjunto de regalias, hoje já em desuso no panorama da contratação laboral, pretende que seja a sua entidade patronal a dispensá-lo “com justa causa”, para que o processo transite de imediato para a área da consultoria jurídica, o campo fértil onde são cultivados os direitos às chorudas indemnizações, só permitidas pelas entrelinhas da nossa jurisprudência, mas que a maior parte dos nossos ilustres causídicos conhece de fio a pavio.
Para mim, é da maior clarividência que José Rodrigues dos Santos, actualmente acumulando com o cargo que exerce na RTP, a actividade de escritor, tenha pensado em abandonar a sua carreira profissional para se dedicar inteiramente à escrita, ou, em alternativa, esteja o seu know-how no campo dos media a ser “cobiçado” por alguma outra entidade do universo da comunicação social.
Convenhamos, que uma estação de televisão pública paga com o dinheiro dos contribuintes, a pesar directamente no orçamento geral do Estado, não tenha que ser sujeita a um alinhamento dos seus conteúdos editoriais numa tentativa de amortecer os efeitos práticos das políticas governamentais mais impopulares, é, no mínimo, pura ingenuidade. Qualquer governo, nascido do espectro politico-partidário existente em Portugal, utilizar-se-ia dessa prerrogativa. Por outro lado, ninguém é obrigado a assistir a um canal televisivo “formatado”, só a ele assitindo quem quer.
Conforme existem trabalhadores abusados pelas respectivas entidades patronais nos seus mais legítimos direitos, o inverso também se aplica, que é o que está a fazer José Rodrigues dos Santos, em relação à administração da RTP. Para além do principesco salário que aufere acrescido de um conjunto de regalias, hoje já em desuso no panorama da contratação laboral, pretende que seja a sua entidade patronal a dispensá-lo “com justa causa”, para que o processo transite de imediato para a área da consultoria jurídica, o campo fértil onde são cultivados os direitos às chorudas indemnizações, só permitidas pelas entrelinhas da nossa jurisprudência, mas que a maior parte dos nossos ilustres causídicos conhece de fio a pavio.
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