O petróleo ao serviço da causa socialista é a imagem da Venezuela que Hugo Chávez pretende transmitir para o exterior. Mas esta imagem de socialismo não é mais do que a aliança entre um populismo militar e um estatismo neo-marxista, aos quais Chávez se propõe subjugar o seu país.
A realidade, bem diferente deste cenário ideal de democracia ao serviço do povo venezuelano, é traduzida pelo crescente número de agricultores e pequenos industriais que vêem as suas actividades paralisadas, em virtude de não conseguirem competir com os preços dos produtos importados dos países periféricos, nomeadamente o Brasil. É o caso da cadeia brasileira de comércio grossista Mercal que tem vindo a enriquecer com o fornecimento de frango congelado para o mercado venezuelano, enquanto que os ranchos locais estão praticamente extintos, ameaçados pelas expropriações e pelo controlo dos preços. As suas terras correm o risco de ser invadidas, e os rancheiros estão constantemente a ser alvo da prática de extorsão e sequestro por parte de gangues criminosos.
O “chavismo” que, por sua vez é um produto que veio suprimir as carências e as misérias provocadas pelos regimes anteriores, está a alimentar o ressurgimento de uma nova classe na Venezuela, a boli-burguesia, identificada pelos novos-ricos que crescem à sombra do “socialismo bolivariano”, protegidos pela riquíssima infra-estrutura petrolífera do Estado. Nas ruas de Caracas proliferam os 4x4 novos. Os melhores restaurantes estão sempre superlotados e os importadores de whisky, assim como os “art dealers” vivem momentos de grande prosperidade.
O sector bancário é o mais favorecido pela economia venezuelana. Devido à elevada procura externa do crude e, consequentemente, ao aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, a economia apresenta um crescimento de 10 % ao ano, enquanto que os índices de inflação traduzem um aumento de 20 %, e o câmbio oficial da moeda é duas vezes superior ao da sua cotação no mercado negro.
Sob o seu regime bolioligárquico, onde reina o tráfico de influências, o conhecimento político certo significa a password de acesso ao universo do enriquecimento fácil e ilícito, sob o signo de uma nova ordem que estabelece incondicional obediência política.
A realidade, bem diferente deste cenário ideal de democracia ao serviço do povo venezuelano, é traduzida pelo crescente número de agricultores e pequenos industriais que vêem as suas actividades paralisadas, em virtude de não conseguirem competir com os preços dos produtos importados dos países periféricos, nomeadamente o Brasil. É o caso da cadeia brasileira de comércio grossista Mercal que tem vindo a enriquecer com o fornecimento de frango congelado para o mercado venezuelano, enquanto que os ranchos locais estão praticamente extintos, ameaçados pelas expropriações e pelo controlo dos preços. As suas terras correm o risco de ser invadidas, e os rancheiros estão constantemente a ser alvo da prática de extorsão e sequestro por parte de gangues criminosos.
O “chavismo” que, por sua vez é um produto que veio suprimir as carências e as misérias provocadas pelos regimes anteriores, está a alimentar o ressurgimento de uma nova classe na Venezuela, a boli-burguesia, identificada pelos novos-ricos que crescem à sombra do “socialismo bolivariano”, protegidos pela riquíssima infra-estrutura petrolífera do Estado. Nas ruas de Caracas proliferam os 4x4 novos. Os melhores restaurantes estão sempre superlotados e os importadores de whisky, assim como os “art dealers” vivem momentos de grande prosperidade.
O sector bancário é o mais favorecido pela economia venezuelana. Devido à elevada procura externa do crude e, consequentemente, ao aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais, a economia apresenta um crescimento de 10 % ao ano, enquanto que os índices de inflação traduzem um aumento de 20 %, e o câmbio oficial da moeda é duas vezes superior ao da sua cotação no mercado negro.
Sob o seu regime bolioligárquico, onde reina o tráfico de influências, o conhecimento político certo significa a password de acesso ao universo do enriquecimento fácil e ilícito, sob o signo de uma nova ordem que estabelece incondicional obediência política.
Fonte: The Economist print edition,
*******Aug 9th, 2007
Sem comentários:
Enviar um comentário